sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Alice in Wonderland (2010)

alice_in_wonderland01.jpg picture by fred2002
Tim Burton apresenta seu novo filme, produzido pela Walt Disney e com roteiro adaptado de Linda Woolverton (fez o primeiro filme de animação indicado a melhor filme da academia, "A Bela e a Fera", de 1991). O elenco é brilhante: Johnny Depp como o “chapeleiro maluco”, Mia Wasikowska como Alice (Mia interpretou magnificamente uma ginasta com tendência a suicidio, na série de TV “In Treatment”), além de Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Alan Rickman, Stephen Fry, Crispin Glover e Christopher Lee. O elenco fala por si só. Assim como a roteirista, o diretor, a produtora, provavelmente os câmeras, e então os contra-regras... é tudo um mix do melhor.

Contudo esperamos que o diretor consiga trazer neste fime, algo novo, coerente e mágico. Que consiga sobretudo transpor aquilo que no livro, é fantastico e muito envolvente.

O livro foi escrito pelo autor Lewis Carroll (1865), super prestigiado, polêmico e maravilhoso. Excêntrico desde criança sempre gostou de ópera, física, lógica.... Polêmico por esta frase: “gosto de crianças, exceto meninos”. Sempre que tinha tempo gostava de desenhar ou fotografar criancas (meninas) nuas, dizendo sempre ter a autorização da mae. Antes de morrer determinou que estas fotos fossem destruídas, para que nao trouxesse embaraço à família da menina, mas dizem, porém, que ainda existe uma meia dúzia de fotos que não foram destruídas ou devolvidas à familia.

Alice já com 19 anos de idade, que volta ao mundo excêntrico e mágico, encontra uma personagem que ainda não conhecia, e na sequência os demais e ansiosamente esperados: o Ratão, o Coelho Branco, o Chapeleiro, o Gato de Cheshire, etc. Alice embarca numa nova jornada- com destino final no País das Maravilhas: uma promessa de aventura, entretenimento e terror. O filme estréia pela Disney Digital 3D em 5 de março de 2010.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Precious- 2009


No seu primeiro filme Matadores de Aluguel (Shadowboxer, 2005), o diretor Lee Daniels é massacrado pela crítica e ignorado pelo público, com um miserável lucro de menos de 1 milhão de dólares worldwide. No segundo filme, Precious (filme de sabor amargo aos cinéfilos), ele tenta reproduzir algo que, quando lendo (o livro-Push by Sapphire), você é rapidamente projetado para o espaço em que se passa a estória, e é totalmente cabível, diferente do filme.
O diretor agora volta com Oprah produzindo, ela foi realmente produzir o filme após assisti-lo. Deu pra ver que ela apreciou. Super fácil entender: ela aquilo todos os dias no seu programa, estórias realmente cruéis e dramáticas... Se você gosta de assistir ao programa dela certamente irá gostar do filme. Este filme supera todas as tentativas que você viu e imaginou de mostrar escrachadamente crueldade com criança, mas é apenas uma tentativa, realmente uma pena (por causa do livro).
A menina apanha da mãe, é estuprada pelo pai, de quem espera o segundo filho. O que mais pode acontecer de terror gratuito? Ser agredida pela mãe na cabeça, depois ficar inconsciente estirada ao chão, e para finalizar: ainda desmaiada, seu pai chega com apetite sexual demoníaco, sobe na pobre menina e a estupra ..... de alguma forma um exagero do diretor, ele desrespeita os limites da ficção cinematográfica, (que são bem diferentes dos limites da literária), o que torna transformar um livro em uma película algo realmente desafiadora.
As atrizes são ótimas, não falham em momento algum, nem mesmo Mariah Carey, e o diretor não teve problemas com atuação, mas sim com a ficção forçada.

The Road - 2009


the-road-viggo-mortensen.jpg picture by fred2002

O livro escrito pelo americano Cormac McCarthy é um conto de ficção pós apocalíptica generosamente premiado. Ganhou o prémio Pulitzer (2006), James Tais Black Memorial Prize de 2006. Também foi escolhido para seleção do Oprah's Book Club. Trava sua estória alguns anos após um apocalipse, que mata toda vida animal e vegetal na Terra. O pai passa a lutar contra tudo para defender seu filho, ora de gangues saqueadoras, abusadores e até canibais (os Rednecks), que neste caótico planeta cinza e sem vida, não há vegetação nem medicamentos. O autor é o mesmo de "Onde os Fracos não tem Vez".

The Road, porém, é extremamente ausente de humor, nem mesmo aquele pouco humor negríssimo encontrado em No Country for Old Men.

Entre todos os filmes que optam pelo estilo dark, este é sem duvida o mais convincente e atraente. Nunca, na história, houve um filme que retratasse o pós apocalíptico com tamanha realidade como este. Podemos sentir o peso do ar cinza e gelado, assim como o desespero dos sobreviventes em busca de alimento e segurança. É mostrando o caos, a frieza, a tristeza, e a falta de esperança intransigente, que o filme gloriosamente nos propõea esta quase inimaginável experiência.

No entanto devo lhes avisar, o filme não é divertido, não dá vontade de comer pipoca, mas também não dá vontade de ir ao banheiro. Majestoso.

O ator mirim (Kodi Smit-McPhee) faz um trabalho razoável. Evitando cenas de maior dificuldade, o garoto não implicou o filme negativamente.Viggo Mortensen eh um pai herói (atua brilhantemente), meses com seu filho vagando pela cidade em direção ao Sul, na esperança de encontrar um mar ainda azul ou um clima mais ameno. Decepção atrás de decepção, a estória segue seu rumo sem nenhuma esperança.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um Olhar Do Paraíso (The Lovely Bones, 2009)

Saoirse Ronan as Susie Salmon

O diretor Peter Jackson, surpreende seus fãs com uma adaptação do best-seller "Uma Vida Interrompida", numa trama batida e enredo bem ao estilo do fim dos anos 80. Pouco original, absolutamente diferente de suas outras obras consagradas.

Atuando lindamente, está a atriz Saoirse Ronan interpretando Susie Salmon. Vale lembrar também de Susan Sarandon, que neste filme é unica, aparece pouco, mas aparece naquele momento, em que a plateia está quase pescando de sono (literalmente) nas lindas imagens de computação gráfica... Daí Susan aparece e acordamos, obrigado Susan!! E preciso falar do ator Stanley Tucci como Mr Harvey, a atuação magnífica, um assassino estranhamente carismático, representado de forma altamente superior.

Depois disso tudo, que mais posso falar do filme? É bom? Ruim? Um ou dois personagens jamais salvariam um filme, fato, mas esses fizeram com que este não fosse uma lástima. Portanto é bom sim.

A estória é centrada em uma jovem garota que foi assassinada pelo seu vizinho. No entanto, do Céu, ela acompanha a vida da família e até mesmo de seu próprio assassino. É neste momento que sofremos com a crianca, e seus dramas nada convencionais, ficamos aflitos, ela morreu e está ali vivendo do outro lado. O filme trava uma luta desesperadora de uma jovem garota e seu desejo de vingança pela sua morte. Num momento peculiar do filme, Susie confunde a realidade com uma nova realidade, ela ainda não sabe que morreu; e também nao sabe que pode interagir com o mundo dos vivos. No paraíso ela encontra uma amiga, depois outra, e outra, e outra, mas o que é isso? Todas morreram da mesma forma? Uma mais nova do que a outra?! O mesmo assassino? Ah não sei, muito previsivel. Lembrando muito Ghost, dá direito atá a uma médium, que empresta seu corpo para que Susie Salmon possa realizar seu ultimo desejo, affe.

Mas isso em momento algum o instigará, ou irá deixá-lo depressivo. Mas por que, com uma estória tao emocionante? Acredito que a originalidade esteve ausente neste.

O filme é previsível sim, mas como já disse: vamos apenas prestigiar grandes atores, vale a pena. Nao é preciso falar novamente que lembra muito de Ghost, o clássico do cinema dirigido por Jerry Zucker. Mas diferentemente de Ghost, neste você pode ir desarmado dos lenços, não haverão lagrimas.